Saturday, December 13, 2008

LETTERE A UN GIOVANE POETA

"Lei è cosi giovane, cosi nuovo a ogni inizio, e io vorrei pregarla come posso, caro signore di essere paziente verso tutto l'insoluto nel suo cuore, e di tentare di amare le domande stesse come stanze chiuse, e come libbri scritti in una lengua molto estranea. Non richerchi ora le risposte, che non possono esserle date perchè non le potrebbe vivere. Mentre si tratta appunto di vivere tutto. Ora viva le domande."

Rainer Rilke


LETTER TO A YOUNG POET

"You are so young, so new in every beggining, and I want to ask you as I can, dear sir be patient about all that is not solved in your heart, and try to love the questions as closed rooms and books written in a very strange language. Don't search for the answers, that cannot be given because you couldn't live it. While this is all just to live. Now, live the questions."

Saturday, November 08, 2008

O ILUSIONISTA

Ho voglia di scrivere di nuovo in italiano, come si potessi avere una lingua piú giusta per esprimere i pensieri, i sentimenti.

Le parole vengono dell'anima, da un modo particolare di existere.

C'é un sonido speciale, facendo ricordare momenti di un passato lontano, lontano, da otri vita.

Peró la lingua, quando la sento come mia, suona familiare.

Succede una prosimità magica, sembrando un sogno svegliato...

Soltanto leggo, comunque scopro un legame piú profondo.

Dico le frase e suonano i miei radici.

Rimango qui. Perchè ho trovato la felicitá dentro di me.

Essere è permanere nella nostra natura.

Io amo. Sempre.

Thursday, September 18, 2008

CLOSER

(english version bellow)

Crescer é conseguir avançar quando todos os obstáculos se atravessam no nosso caminho.


Primeiro o meu espírito, depois o meu corpo pediram para parar

em busca de me encontrar

e ao perguntar o que realmente queria para mim

percebo que já estou lá

não é o quê, mas é o como

o modo, a forma


O eremita desce finalmente da montanha e contempla a vida tal como ela é.


As perdas dos que nos são próximos fazem-nos apurar a perspectiva do sentido da vida.

Quero começar de novo e construir com tudo o que tenho.


Por momentos as palavras parecem já gastas

Leio nas entrelinhas e consigo ir mais fundo.

Novas coisas para aprender:

A minha relação material com as coisas, mesmo com aquelas que não são importantes para mim.

A aceitação dos sistemas como são. O equilíbrio das cedências.

O dizer a minha opinião.Colocar as minhas questões.

Aceitar os meus medos. Usar a minha sensibilidade.

Alinhar aquilo que defendo com os gestos que faço.

O conhecimento constante que corre em torrente e não pára, jamais parará.

Fluir entre informação, juntar as pontas, fazer com que tudo faça sentido.

EM busca da consolidação da minha estrutura, continuo a acreditar na simplicidade das coisas. E cada vez tenho mais certeza que é suficiente partilhá-las com quem assim quiser para que possa sentir-me mais perto de mim!


ENGLISH VERSION

CLOSER

To grow up is to be able to proceed with all obstacles on your way.

First my mind, then my body asked me to stop.

In search for myself

And finally asking what I really wanted for me

I understood I’m already where I want to be

It’s not about what to do, it’s about how to do it

The eremite finally walks down the mountain and contemplates life just as it is.


Losses of beloved ones make us improve our perspective on the meaning of life.

I want to begin again and built with everything I have.


For moments, words seem to be over used

I read in between lines and reach deeper understanding.

New things to learn:

My material relation with things, even with what is not important to me.

The acceptance of systems as they are. The balance of handovers.

Voicing my opinion and post questions.

To accept my fears. To use my sensitiveness!

To align what I defend with my present gestures.

The constant Knowledge that flows like a river, never ends, never will.

To flow in between information, sum the corners, so that all makes sense.

Pursuing consolidation of myself, I still believe in simplicity of things. And more over I know that it’s enough sharing with the ones who are willing to do so, to feel closer to myself.

Peace!

Monday, May 26, 2008

LOVE FEAST


PORTUGUÊS

(english version above)

“O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.

Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.”

Fernando Pessoa


Sempre pensei que só mais tarde iria conseguir perceber o significado de determinados gestos. Sempre pensei que só mais tarde saberia apreciar mais profundamente o dom da vida e ter mais claro o seu propósito.

Só mais tarde iria conseguir estar preparada para tomar determinadas decisões, para saber optar de modo consciente e profundo.

Só mais tarde, depois de saber quem sou, poderia construir algo com alguém.

Nunca consegui seguir a corrente e os passos naturais em que se confunde o conformismo com a existência de sentimentos, em que se confunde o tempo passado com a qualidade ou profundidade das relações, em que se confunde as opções do sistema com as nossas vontades.

Nunca acreditei na competição. Na discussão. No poder. Na hierarquia.

Sempre acreditei fazer algo que fosse transparente, em que eu conhecesse os principios, os meios e os fins.

Sempre acreditei no valor dos gestos simples, positivos. Na abertura de espirito e na criatividade como factores de inspiração para construir a partir do zero.

Sempre acreditei no valor dos valores e acima de tudo valorizei os processos.

Sempre acreditei na cooperação. Sempre a procurei.

Mas o mais tarde chegou agora e se encontrei a paz dentro de mim, continuo a procurá-la nos outros, na comunidade. Continuo sem perceber muito bem o que ela significa para os outros, e como é possível que com tanto conhecimento tecnológico, cientifico, continue a falhar a importância que as pessoas dão umas às outras, a forma como se tratam, a facilidade com que julgam o outro, o ritmo que impede que a comunicação flua e que as situações complexas possa ser compreendidas, o ruído que abafa os pensamentos, as atitudes e os gestos e distancia o Homem da Natureza, dos outros e acima de tudo de si próprio.

Mas aprofundar essa relação consigo próprio, não significa tornar-se individualista, nem dar voz ao seu próprio ego, ou viver para consumir bens e emoções. Ou para do alto da sua sabedoria continuar a julgar e a classificar o mundo, e esquecer o significado das coisas simples.

Significa saber ouvir á nossa voz interior e termos a coragem de seguirmos os caminhos que ansiamos, as pessoas que admiramos, e fazer o melhor que podemos a cada momento e quando não podemos, crescer, seguir em frente, porque o erro, a imperfeição, a diferença fazem parte.

E quanto mais dificil o cenário se torna, mais nos regozijamos com as pequenas sortes no meio das tempestades. Melhor apreciamos os pequenos e os grandes gestos de preocupação, de apoio, de carinho e de sinceridade,,mais precisamos de nos agarrar aos nossos valores: a coragem, a determinação, a rectidão, o respeito, a honestidade, a humildade, o riso, a sensibilidade, a paz.

Eu que sou ninguém, uma formiguinha no universo imenso atravessando um periodos mais dificeis da minha vida,continuo a acreditar que há sempre um caminho para cada um de nós, onde todos somos gurus, todos somos importantes não só para quem nos é ou está próximo fisica ou emocionalmente, porque a vida é feliz, desde que aprendamos a construir com as pedras do caminho, a construir com o que o contexto nos oferece, mas sobretudo ouvindo o nosso coração, sabendo qual é a nossa verdadeira natureza, ter no amor a confiança, a inspiração, buscando em nós próprios o nosso porto de abrigo.

E sentir-me bem comigo própria permitiu que o mais tarde chegasse!

Porque um dia percebi que tinha de percorrer o caminho sozinha para me conhecer, para perceber o quais eram os valores fundamentais e como gostaria de vivê-los e pô-los em prática.

Estico a passadeira vermelha para que todos desfilem. A vida é abundância mesmo quando não parece...

Os melhores dias ainda estão para vir!...Porque o primeiro passo é sempre meu! E os outros são o reflexo de mim própria.


ENGLISH VERSION

LOVE FEAST

“The value of things is not on its duration, but on the intensity of the happenings. That’s why there are unforgettable moments, unexplainable things and incomparable persons “.

Fernando Pessoa


I’ve always thought that only later on in the future I’d be able to understand the meaning of certain gestures.

I’ve always thought that only later on I’d learn how to truly appreciate the gift of life and to make clear its purpose.

Only later on I would be ready to take certain decisions with a deeper conscience.

Only later on, after knowing who I’m, I could build something with someone.

I was never able to follow the mainstream and the natural steps of the ones who get confused between conformism of feelings and being true to their hearts; of the ones who get confused between passed time and deep quality relations, of the ones who get confused among the choices of the system and their own will.

I’ve never believed in competition. In arguments. In power. In hierarchy.

I’ve always believed in working with transparency, in places where I’d know the principles, the means and the objectives.

I always believed in the significance of simple and positive gestures. In the openness of the spirit and in creativity as conditions for inspiration and tools that allow us to built always something from scratch.

I’ve always believed in the significance of values and validation of processes above all.

I’ve always believed in cooperation. I’ve always search for it

But later on has arrived now and if I was able to find some peace inside me, I still search for it in the others, in the community. I still don’t understand very well what peace means to the others, and how is it possible that after such technological and scientific knowledge, there’s still a lack of significance on the daily human gestures, on the importance of life and an easiness of judgment towards the other, the rhythm that doesn’t allow the flow of communication and the understanding of complex situations, the noise that hides the thoughts, the attitudes and the gestures and distances Mankind from Nature, from the others and above all from the self.

To deepen this relation with the “Self”, doesn’t mean to become individualist, neither to give voice to the Ego or to live for the consumption of Goods and Emotions. Or to continue judging and classifying the world forgetting the significance of simplicity.

It means to know how to listen to our inner voice so we can have the courage to follow our wished paths or people we admire, and to do the best we can at each moment and whenever we can’t to grow and pursuit, because error, imperfect and difference are part of the way.

As the paths become harder, the better we enjoy the small victories. The better we enjoy small and big gestures of concern, support, kindness and honesty. The more we make use of values like courage, resolution, responsibility, respect, honesty, humbleness, smile, sensitivity and peace.

I’m nobody, a small ant in the infinite universe going through one of the hardest moments of my life, and I still believe there’s always a path for each one of us, a role where everybody is a guru. We are all important to each other and not only for the ones who we are close to physically or emotionally, because life is HAPPY, if we learn how to built it with the stones we get on the way, to built with what the context is offering, but above all by listening to our heart, knowing our true nature, having in love our trust and inspiration, finding the shelter in ourselves.

And now feeling good with myself has allowed the arrival of later.

Because one day, I knew that I had to go on my own so I could better know myself, to understand my fundamental values and how to put them in practice and live in accordance.

I put on the red carpet so everybody can walk in. Life is abundance even when it doesn’t seem like it....

The better days are yet to come! Because the first step is always mine! And the others are always the reflection of me!

Wednesday, April 09, 2008

STAND BY ME

Crónica da 6ª Festa do Jazz no São Luiz, 5 e 6 de Abril.

Homens em palcos e seus instrumentos contrabaixos, pianos, guitarras, baterias, saxofones, trombones, pautas, atitudes, disposições, aparências simples.
48 horas de inspiração, de verdadeira musicoterapia para um verdadeiro amante de jazz.

Jazz é como ouvir as nossas vozes interiores, todas a falarem ao mesmo tempo num processo libertatário.
No jazz há tempo para ouvir cada interveniente a seu tempo, uma voz de cada vez, enquanto as outras param para ouvi-la. Dão-lhe espaço. Depois de falar sozinha, as outras vozes juntam-se cada uma a seu tempo, todas em simultâneo, naquele exacto momento e rapidamente tudo continua... tudo flui.
Adoro o silêncio que existe entre cada voz.
A voz quando fala nunca diz a mesma coisa, ou até pode dizer a mesma coisa mas de maneira diferente. Às vezes nem importa se o que diz nao estava escrito assim, faz sentido e é sempre possível combiná-la com o que se fôr dizer a seguir. Balança-se entre momentos de estabilidade por breves instantes para voltar a desconcertar-se logo a seguir em direcção ao caos, à velocidade, ao fogo, à força da vida.
O instrumental deixa livre a história que quer contar. A mensagem imaginamo-la nós.

Sinto as vibrações do som, com os meus ouvidos, mas também com as minhas mãos, com o meu coração e as minhas memórias. A música traz-me memórias, excelentes memórias passadas.
Descubro o talento de alguém que visivelmente dedicou muita atenção, muitas horas de trabalho a uma vocação que sabe claramente qual é. Essa é uma das melhores sensações, esse alinhamento com um talento orientador. Sincronizo com esse sentimento. Reconheço-o.

Boa onda, muitas caras conhecidas, muito à vontade.

O som é masculino. É sensual.Influenciado pela intensidade do toque, chegando a momentos de suavidade e leveza sustentados por harmonias que nos transportam a momentos paradisiacos.
Piscar de olhos, gente bonita e a paixão comum pelo estilo musical mais complexo e difícil de executar com qualidade. O vôo vertiginoso da liberdade do improviso, só possível depois de muito conhecimento, prática, cumplicidade e disciplina.

Gritei bravos ao Quarteto Júlio Resende na pequena sala do Teatro Mário Viegas.
Senti vontade de escrever palavras para descrever a emoção que o som me provocava. O som do piano do Mário Laginha que foi sendo desenhado por António Jorge Gonçalves. E eu fui imaginando as palavras mudas, a expressão entre silêncios...
Fui cativada pelo humor, entrega e sobriedade de Crosscurrents e Luis Lopes Humanization Quartet.
Arrepiei a pele com o Carlos Bica Ensemble.
Vibrei na festa final como se fizesse parte desta família.

Estou a ouvir o Bica & Azul e a arrepiar-me de novo.
O jazz é mesmo Hot.
Parabéns ao jazz em Português! Temos uma excelente geração de novos talentos.

Que a vossa mágia nos continue a inspirar!!!

Obrigada!!!


Para os mais dístraídos deêm uma vista de olhos em www.andrefernandes.com. e deliciem-se!!

Saturday, March 01, 2008

No-body - Quando tudo o que faço se tornou um espelho de quem sou!


Desde Junho de 2006, depois de ter iniciado seriamente a minha jornada espiritual, que toda a minha percepção do mundo e do significado da vida mudou profundamente. Durante este último ano e meio, tenho procurado conjugar todo o meu conhecimento, todas as diferentes perspectivas e crenças, todas as dimensões do que fui, do que sou e do que quero ser.

Desde sempre senti que:
1º - Para compreender as pessoas devo escutar o que elas não dizem, o que elas talvez nunca venham a dizer.

2º- Só através do desapego material e emocional me sentiria segura e livre.

3ª- Os gestos reflectem as nossas intenções mais profundas

A minha sabedoria soa a loucura!
Procuro um modo de integrar tudo o que aprendi até hoje!
Consigo alcançar a paz interior, permitindo-me ver o melhor de cada um.

Consigo manter essa atitude.
Cheguei ao centro de mim, à minha essência.

Estruturo os pensamentos, incorporo os sentimentos e consigo alcançar esse balanço entre pensar e agir.

Uma longa estrada conduziu-me a este preciso precioso momento!

Tenho agora a noção completa da minha missão e de como colocá-la em prática.

Com a minha recente participação num curso sobre facilitação de aprendizagem para educação de jovens, na República Checa, descobri finalmente, que tudo o que faço se tornou um espelho de quem sou.

Fui TOTALMENTE INVISIVEL e ABSOLUTAMENTE PRESENTE!

Senti uma total plenitude entre corpo-mente e espírito. Voei e sustentei a leveza do meu ser.

Revi-me através de todas as pessoas, encontrei a minha postura na forma como reagi aos desafios, deixei inundar-me pela maré de boa disposição.

No final desta experiência auto avalio:
Ser capaz de focar no positivo, o riso tem um potencial criativo absolutamente surpreendente.
Ser capaz de aceitar uma estrutura e de criar uma para mim.
Ser capaz de enquadrar os meus valores, de desenvolver uma lógica, de transformar o meu sentido critico em acções e posturas capazes de serem entendidas em ambientes e ritmos diversos.

Fui ninguém, encontrei a minha VOZ e afinal é Sexy! Vou torná-la mais audível!!!

Irei para sempre relembrar esta maravilhosa sensação de auto controle, auto-consciência que me conduziu a um sentimento pleno de Liberdade e Felicidade!!!

Encontro-me no estado necessário para seguir em frente com o meu futuro profissional. Em breve mais notícias sobre a Casa da Felicidade – educação integrada para estilos de vida sustentáveis.

Obrigada a todos os voadores pela inspiração!



NO-BODY -
WHEN EVERYTHING I DO BECOMES A MIRROR OF WHO I AM!

Since June 2006, after seriously initiating my spiritual journey, my perception of the world and the significance of life changed deeply. During the last one year and half I’ve been strugling to put together my knowledge, my different perspectives and beliefs and all the dimensions of who I was, who I am and who I want to be.

I’ve always felt that:
1º - To understand people I should listen to what they don’t say, or to what they might never be able to say.

2º- Only through material and emotional detachment I can feel free and safe.

3ª- Gestures reflect your deeper intentions

My wisdom sounds like crazyness!
I search for a way of integrating everything I’ve learned until today!
I manage to reach inner peace and allow myself to see the best in every person.

I manage to maintain this attitude.
I’ve arrived to my inner center, to my essence.

I structure my details, I embody my feelings and manage to reach the balance between thoughts and acts.

A long path has led me to this precise precious moment.

I have now the complete notion of my mission and to put it in practice.

With my recent participation on F.L.Y – Facilitating Learning for youth Training Course in Czech Republic, I’ve discovered finally that everything I do became a mirror of who I am.

I was TOTALLY INVISIBLE and ABSOLUTELY PRESENT!

I’ve felt a total plenitude of body-mind and spirit! I flied and felt the bearable lightness of my being!

I reviewed myself through all persons there, I’ve found my posture in the way I face challenges, I let myself drowning in the tide of the good vibes.

At the end of this experience I self assess:
To be capable of focusing just on the positive, laughter has an absolutely astonishing creative potential.

To be capable of framing my values, of developing a logic, of transforming my critical sense in understandable actions and behaviors in diverse ambiences and rhythms.

I’ve been NO-Body, and found out my VOICE and after all is SEXY! I intend to make it more audible!!!

I’ll forever remember this wonderful feeling of self control, self-consciousness that led me to a pure feeling of FREEDOM and HAPPINESS!!!

I found myself in the necessary state of mind to follow with my professional future. Very soon, more news about the House of Happiness – integrated education for sustainable lifestyles.

A special thanks to all FLIERS for your inspiration!

Saturday, January 26, 2008

IL POSTINO

O CARTEIRO DE PABLO NERUDA

Desde pequeno que escolho um local donde possa ter uma visão abrangente e daí, olho pacientemente todos os movimentos dos humanos que me rodeiam. Todos querem ter as mesmas coisas. Todos finjem não olhar. Todos classificam e etiquetam o mundo. Competem uns contra os outros. Não escutam. Atiram as suas dores às costas dos outros. E os piores são aqueles que pensam não estar a fazê-lo.
Entrar no jogo sem pensar? Porque dão corda ao animal que vive dentro deles? Porque preferem ficar condicionados por acções e reacções dos outros? Porque querem controlar?
Porque se fecham numa só dimensão?

Revejo, atento a paisagem, ouço o bater do meu coração e movo-me em direcção ao meu objectivo.

Interessante, parece que corro sempre sozinho e para coisas que ninguém dá importância. Mas gosto dessa sensação de correr, vou desenvolvendo músculo, agilidade e concentração. A sensação de liberdade é apaixonante, não possuo coisas nem pessoas, só saber e empatia.

“quem procura com sinceridade não pode aceitar nenhuma doutrina, se quer sinceramente encontrar algo.” Siddartha – Herman Hesse

Adoro o Sol, espreguiço-me, estico-me, bocejo. Volto a fazer uma soneca. Sigo o meu ritmo. Gosto de conhecer humanos diferentes. Vejo, antevejo os seus gestos, sinto se gostam ou não de mim. Gosto quando são sinceros e amigáveis. Às vezes sentem-se ameaçados e por isso fingem que não me veêm ou tentam assustar-me ou pregar-me partidas. Outros param para fazer-me festas. Posso transparecer não precisar destas pessoas, mas sinto-me em casa a cada aconchego de alma, embora tenha de continuar a minha senda. Um conforto livre, uma liberdade confortante... Mas absolutamente presente e consciente.

Adoro perder a consciência do tempo e ficar a ronronar. Há muito tempo, muito mais do que imaginamos, embora às vezes possa parecer que passa rápido. Isso é sinal que... ? De olhos semi-cerrados arrumo os pensamentos da minha vida e entendo-os à luz de uma força mais intensa que a minha alma. Integro todas as dimensões o corpo, a mente, o espirito,as emoções, os outros, a natureza. Integro os saberes e as experiências.

Parecendo estar sempre no mesmo sitio, alcanço simultaneamente partes mais profundas de mim e de quem me rodeia.

Não há limites de espaço, posso saltar de telhado em telhado, dizem que sou independente, mas o que não sabem é que à noite ao luar do telhado da minha casa vou dirigindo a minha vida, como se fosse um filme, e posso sempre decidir como quero o cenário e os personagens que fazem parte da minha realidade. Dirigindo a película, elaboro os diálogos certos, as emoções em sintonia, as condições adequadas.

Perspectivo e sei que tenho nas minhas mãos a capacidade de realizar um filme já visto ou de torná-lo um filme único.

A verdade magoa, por isso mentimos. Deixei de ser masoquista há tempo suficiente.
Confrontado de novo com o mesmo medo de sempre, sou agora um realizador experiente. Conheço os meus erros,as minhas disputas, as minhas faltas. Sei das minhas vitórias, das minhas façanhas, das minhas orientações.

Conheço o meu ritmo e as minhas limitações e decido libertar esse animal que vive dentro de mim.Pensando que fosse uma fera, descubro que é um manso gato, cuja única ambição é convidar mais pessoas a subir para cima do mesmo telhado.

Ganho coragem e pulo para o telhado da casa do vizinho. A liberdade emociona-me e acalma-me, transportando-me para novas inspirações de vida, onde enquadro tudo o que fui, e como vivi, e tudo o que gostaria de aprender e fazer pelos outros daqui em diante.

Os 2 últimos anos da minha vida trouxeram muito conhecimento a vários níveis.
2007 foi dedicado a enquadrar todo esse conhecimento diverso, que tocou profundamente o meu espirito e a minha natureza.

À medida que me torno mais igual a mim mesmo, vou atraindo para mim, outros que sentem como eu. Que também um dia ousaram iniciar uma caminhada através das dimensões. O mais surpreendente é que, existem sempre muitas mais pessoas que pensam e sentem exactamente como nós, do que alguma vez imaginámos. Mas só temos o privilégio de encontrá-las, quando realmente somos capazes de abrir verdadeiramente o nosso coração.

Agora que me amo a mim, será inevitável amar-te a ti!

Para sempre movida pela paixão e pela responsabilidade!

Miau!


IL POSTINO / PABLO NERUDA’S POSTMAN

Since very early age, I prefer to choose a good spot where I can have an overview of the landscape and from there, I patiently watch all human movements. They all want the same. They all pretend they’re not looking. They all classify and put labels over everyone. They compete against each other! They don’t listen. They throw pain at each other’s back. And the worst are the ones who think are not doing it.
Why entering the game without thinking? Why do people feed the animal inside themselves? Why do people prefer to stay conditioned by action and reactions of the others? Why this need of controlling?
Why are these people closed in one dimension?

I relook, I focus again on the landscape, I hear my heartbeat and I move towards my objective.

It’s interesting it seems I’m always running alone and towards goals that nobody finds to be important. But I like this feeling of running; I’ve been developing muscle, agility and concentration. The feeling of freedom is impassioning, I don’t have things or people, only knowledge and empathy.

“who ever searches with sincerity cannot accept a doctrine, if really sincerely wants to find something” Siddartha – Herman Hesse

I love the sun, I stretch myself, I yawn. I return to sleep. I follow my rhythm. I love to know different human beings. I see, I foresee their gestures, I feel if they like me or not. I like when they are sincere and friendly. Sometimes they feel menaced and pretend that don’t see me or try to frighten or trick me. Some stop to cuddle me. I may seem not needing people, but nevertheless I feel home in each caress of my soul, I’ve to continue my path. A free comfort, freedom of comfort. But I’m absolutely present and conscious.

I love to loose conscience of time and rest miauing. There’s much more time that we imagine it exists, although sometimes it may seem it goes very fast…. What does it mean... ? With half closed eyes I set in order the thoughts of a life time and understand them being enlightened by a stronger force than my soul. I integrate all dimensions body, mind, soul, emotions, the others, nature. I integrate knowledge and experiences.

By seeming to stand always on the same place, I reach simultaneous deeper parts of me and of the others.

There’s no space limits, I can jump from roof to roof! They think I’m very independent. They don’t know that every night on the roof of my house I produce my life, as if it was a movie, and I can always decide about sceneries, characters that I want to have in my reality. Producing the movie, I do the right dialogues, the emphatic emotions and the adequate conditions.

I put things in perspective and I know I have the ability of producing a commercial or an independent movie.

Truth hurts, that’s why we lie. But I have given up on masochism.

Frighten by the same old fear, I’m now an experienced producer. I know my mistakes, my disputes, my faults. I know about my victories, my strengths, my philosophical orientations.

I know my rythm and my limitations and I decide to unleash the animal that lives insides me. Thinking I was a wild beast I found out I’m a quiet cat! A cat that just wants to invite people to see the view from the same roof!

I put together my courage and jump to the neighbours’ roof. Being free moves me and at the same time calms me down, transporting me to new inspirations for life, where I frame everything I was, how I lived and everything I I’d like to learn and do from now on.

The last 2 years of my live have brought me new knowledge.
2007 was dedicated to frame all diverse knowledge that deeply touched my spirit and my nature.

To the extent that I became equal to myself, I attract to me, others that feel and live like me. That one-day dared to initiate a journey through other dimensions. The most surprising is that we can always find more people that think and feel like us, then we ever imagined. But we only have the privilege of finding them when we are able to truly open our hearts.

Now that I love myself, I’ll inevitable love you!

Forever moved by passion and responsibility!

Miau!

Saturday, October 20, 2007

E.T - THE EXTRA TERRESTRIAL


O alquimista está muito perto, cada vez mais perto de conseguir descobrir o segredo alquímico para a sua vida.

Este ano tem sido absolutamente fantástico, cheio de sentimentos bons e pacíficos, pleno de novos e profundos conhecimentos e experiências. Cheio de realizações.

Tenho sentido que o mundo em meu redor, é apenas um cenário, onde eu posso ser chefe de realização e mudá-lo, interagir e relacionar-me com outros personagens como quiser.
Tenho sentido que cada passo dado é um passo certo, e era mesmo por ali que queria ir.
Tenho-me sentido tão confortável no cenário.
Tenho sido encontrada.
- Onde estiveste todo este tempo?
- Aqui – respondo eu!
Este ano já voei de bicicleta em frente ao luar, em encontros com seres espaciais com os quais tracei o inicio de caminhos para galáxias inexploradas anteriormente. É bom acompanhar amigos no seu regresso a casa!

Já não me recordo da última viagem que tenha feito em grupo e me tenha perdido.
Tenho viajado a maior parte das vezes sozinha, parto já perdida, e encontro-me depois em diferentes centros alienegenas.
Às vezes nessas viagens, o extra terrestre também me visita!
Por vezes não compreendo porque não parto com ele, porque não fica ele comigo, mas afinal quem é o extra-terrestre?

Decidi parar de viajar, ficar num lugar e deixar que me visites, que me queiras visitar e saibas onde me encontrar. Parar para poder dizer a mim mesma coisas que precisava de ouvir. Parar para ouvir os outros. Para abrir todas as caixas que trouxe das minhas viagens e todas as janelas da minha casa. Estender a mão e acenar dizendo “Estou Aqui!”

Muito cedo decidi que só iria parar quando me conhecesse bem a mim própria e soubesse o que queria fazer. Durante muito tempo, toquei mundos paralelos e senti compreender melhor quem era ao fazê-lo. Sinto que cheguei a casa!

Agora sei que poderia dar a volta ao mundo sozinha, poderia continuar a construir o meu projecto de vida sozinha, mas que justamente chegou o momento de partilhar tudo o que descobri, tudo o que quero continuar a descobrir e que o melhor da vida são justamente os momentos de partilha, sinergia e congregação com os outros.

Agora sei que podia andar muito rápido, podia adaptar-me facilmente a cada novo lugar, mas o meu ritmo é mais pausado, e o momento sei-o, sinto-o mais profundo para que possa apreciar o ar que respiro, a ideia que transpira, a emoção que se solta, a palavra que digo, que escrevo, mas sobretudo ter tempo, sentir que tenho todo o tempo do mundo para mim, para nós.

Todos temos uma peça dessa construção lindíssima da natureza que nasce quando o Sol e a chuva acontecem simultaneamente, tal como na vida real a luz de diferentes cores aparece sempre que equilibramos o certo e o errado. Em contínuo desenvolvimento conjunto temos hoje tudo o que precisamos para um processo alquímico global. Basta que acreditemos na célula mais básica e elementar que trazemos connosco -o amor, para que descobramos o ouro a cada passo que damos rumo ao fim do arco-íris.

Ainda me lembro do gozo que me deu aprender sozinha a atar os atacadores das minhas botas, de experimentar, de não me prender, de observar bastante antes de agir, de tentar perceber diferentes modos de estar, de percepcionar vários níveis de realidade... Hoje dá-me gozo olhar para trás e perceber porquê, para quê e poder partilhá-lo com o mundo

Já plantei uma árvore, já escrevi um livro, ...

Em 1982 fui pela primeira vez ao cinema e este foi o primeiro filme que vi.
Ficou no coração.

AMOR.


ENGLISH VERSION

E.T. – THE EXTRA TERRESTRIAL


The alchemist is getting closer and closer of discovering the alchemic secret of his life.

It has been a fantastic year, full of peaceful feelings and enlightening deep knowledge and experiences. Full of Directed Actions.

I’ve been feeling the world around me as just scenery where I can become the Director and change it, or interact and relate to the others as I please.
I’ve been feeling each step is done with the right foot and takes me in the exact direction I wanted to go.
I’ve been so confortable in this scenery.

I’ve been found.
- Where were you all this time?
- Right here- I answered!
This year I flew with my bicycle just up by the moonlight in encounters with spatial beings with which I started to trace ways to further unknown galaxies. It’s good to make company to your friends on their way home!

I don’t remember if I felt lost in the last journey I’ve made with a group of people… Most of the times I’ve been travelling alone, already lost in departure and found afterwards in different alien sites.
Sometimes during the journey is the alien that visits me!
Sometimes I don’t understand why I never decided to go with him, or why he doesn’t stay with me. After all who’s the extra-terrestrial?

I’ve decided to stop travelling, to stay in a place and allow you to visit me, allow your wish to visit me and ease up your way to my home.
To stop so I could say something to myself I really needed to listen to.
To stop and to listen to the others.
To open all my travel boxes and to open the windows of my house. To take my hand and wave, saying “I’m here!”.

Very early in my life I’ve decided to stop only when I’d know myself better and would know what I wanted to do of my life. For a long time, I’ve touched parallel worlds and felt I could know myself better through it.
I feel I’ve arrived home now!

Nowadays I know I could travel around the world on my own, I could build my life project alone, but the moment of sharing has arrived. Of sharing everything I’ve discovered and all the rest I will discover from now on. The best in life is really all the sharing moments, the synergy and congregation with others.

Now I know I could walk very fast, I could adapt very easily to a new place, but the rhythm of my heart has a softer pace and I recognize it. I want to feel it deeper so that I can appreciate the air I breath, pay attention to the upcoming idea, to the unleashed emotion, to the word I say, to the word I write, but more important to always feel I have all the time to myself, to us.

We all have a piece of that beautiful natural building done by nature which appears when sun and rain come together, like in real life different rays of light show up when we manage a balance between right and wrong. In continuous group development we all have today all the tools we need for the alchemic global process. The first step is to believe in the basic and elemental cell we all bring in ourselves- love- so we can then discover gold on each step we do towards the end of the rainbow.

I still remember the feeling of joy when learning by myself how to tie my boots’ shoe lacers, of experimenting, of not attaching to people, of observing deeply before behaving, of trying to understand different ways of being, of viewing different layers of reality... Today it feels real good to look back and understand why, what for and be able to share these reasons with the world…

I’ve planted a tree, I’ve written a book...

In 1982 I went for the first time to the cinema and this was the first movie I saw. I guess it stayed forever in my heart…

LOVE

Sunday, June 03, 2007

MATRIX - It's not this system. It's another system!

If you're in a hurry, stop!

Time passes so fast between so many opportunities/ choices…

To live time in balance it means to follow our passion. Passion is the single emotion that makes us assume a compromise, by assuming it we discover the meaning of our existence and become responsible & conscious about our life project.

How many people know their passion?
How many people are following it in this exact moment?

We are body, mind, soul, emotions, aura and much more!
With which depth do we know these perspectives of us and what can we make of them? In truth it’s not life that controls us, we control life!

But, which percentage of us is controlled by the system?
Do we live our entire life as agent 421?

The matrix dictates the co-ordinates of infinite possibilities that lead us to the same patterns, that don’t answer to the true needs of the individuals, that do not teach how to think by themselves, how to deal with emotions and how to relate with the others.

Like this, we are all swallowed by a fast rhythm, that makes us work too many hours per day, without having time for family, friends, community, nature, that tires us by its complexity and the pollution, that doesn’t allow us to sleep and rest enough healthy hours, that makes us run from one place to the other, without having the opportunity to make physical exercise, and without hearing the needs of our body, that makes us run to the cheapest supermarket or to the fast food next door to eat goods that already cross the world to arrive there loosing all its nutrition qualities and that are packed in thousand plastic, cans, card, paper, that makes us use the car, the motorbike, the plane only because we have to arrive fast, because we are in a hurry for that compromise.


BUT, HOW MANY HOURS YOU MISS PER DAY?

WHY THAT HURRY? WHAT ARE THAT COMPROMISES THAT MAKE US LOOK WORRIED, IRRITATED AND LOST IN US?

AFTER ALL, WHO AM I?
WHO DO I WANT TO BE?
HOW DO I RELATE WITH THE OTHERS?
WHAT’S MY PLACE IN THIS WORLD?
WHAT CAN I DO TO ENJOY LIFE AS MUCH AS I DO?

To have time is a right!
To think about the gestures we make and the reasons why we make them is a duty ?
When was the last time that you embrace someone? How long you don’t smile? How long you don’t express what you really feel? When was the last time that you remember kissing someone with here & now conscience?

It’s possible to create another system.
“It’s not this system. It’s another system!” Da Weasel.

The consumption booming and material values, manipulated by information that rarely speaks the truth, commanded by the capitalist system.
The perfect circuits made us avoid making certain questions.
-Where does the breakfast cereal packages go after putting it in the trash?
-Why people travel by plane in a small country or in Europe? Do I know what are the effects of thousand daily of planes on the environment?
-Do I need this new t-shirt?
-Why do I pass so many hours in front of a TV, watching soaps when I could be rotating my own movie?
-Do I need this yogurt of tiramisu flavor?
-Do I need this sun lotion for home tanning?
-Why are my emotion dominated by a football match, where each player wins more in a month, more than the common mortal can win in a lifetime and why do I feed this circus, buying t-shirts, autographed balls and choosing eternally to miss other social appointments just to watch a football match?
-Why these pair of shoes are cheaper on a Chinese store?
-Do I need to use my car everyday to go to work?
-When I go shopping why don’t I ask from where this product comes from, from what is made, how is it made and by whom?
-Do I need to download music for free from the Internet?
-Does it make sense to work 8 hours per day in front of a computer?

-Is this what I really want for me?

-Do I need to use messenger to talk with a friend when I can be flesh and blood with the person?

It’s so easy to loose track of what we are, if we don’t stop to ask it to ourselves or if what surrounds us is a part of our essence, of the way we need to express ourselves and the way we live or is it the way of agent 327?

Individualism and virtual communities exist so that the human being can enter in this process of getting to know better who is he, what needs and what really matters.

People can speak about multiculturalism, can learn how to live in intercultural communities, but in the end people just enjoy the folk and create stigmas.
Each individual to become a citizen should be allowed to give its contribution to the community, and that doesn’t depend of his background culture but of the openness and ability that the hosting community has while valorizing its experience and knowledge, instead of questioning who is he, labelling from where it comes from and disable people of truly getting to know the other.

These and other questions about life in our days were raised in the I Congress of Animation, Arts and Therapies, that took place on 19 - 21 April in the beautiful village of Ponte de Lima - Portugal, candidate to Unesco heritage, (Do you know it? I seriously recommended it!), where more than 250 social workers, artists and therapists share experiences and find the potential of joining these forces for the well being of people. .

There’s no informal, non-formal or formal education. There’s Education!
In this way, to be a social animator/youth worker is also to be paying attention to social and political circumstances. It’s not just to develop social competencies in the individual. Complexity and ambiguity of our days, leads us to a need of a more conscious intervention, the political statute needs to be returned to all inhabitants of this planet.

Educate emotions, respect rhythms and health, teach how to share life with the others in a peaceful way, encouraging knowledge, initiative and change energy for resolution of problems and situations that live inside each person. Making believe that to be happy is attitude and it's possible to be happier than we thought. And this is political intervention!

Combination of cure, education and creativity are to me, as non-formal educator the secret for humanization of human beings of the XXI century. To be a non formal educator is much more than these projects with pre defined rules for intervention and predetermined time, it's much more than projects and polite reports on paper that are not solving effectively the social needs of a youngster that lives on a disadvantaged neighborhood and that are not activating a common youngster for a conscious and responsible future.
Youth workers have a stronger potential as agents of peace and change by transforming Inactivity in activity, Unknowledge in knowledge, and Pessimism in Optimism.

How?
-Unblocking the creative process of each individual
-Potencialize social competences that conduct the individual into action. We are not born citizens we become citizens.
-Conducting the individual to a self-knowledge, knowledge of emotions and how to deal with them.

It’s emotion that moves people! The gesture reflects an emotion, but also a personality and its knowledge. A gesture can be objective based in creativity or in knowledge.
By becoming more conscious of the reasons of our emotions and our gestures, we can start a revolution, that revolution that everybody needs in life, that the world and nature are asking for.
A silent revolution that only works with kindness in our hearts, tolerance and trust in us, in the others and gratitude to a greater force that everyday gives us energy to enjoy life, strength to work hard and attentively and intone with the other beings of universe.

“CHANGE YOUR NUMBER, I’VE CHANGED MINE!
CHANGE YOUR WORLD, I’VE CHANGED MINE!”
Dumb worlds- Da weasel

A smile is the only plant that we can seed in our soul that grows into love in our heart.

This is a free revolution! And it already started!

Would you like to live beyond the matrix, without creating a new one?
Make yourself responsible for your part!





MATRIX - NÃO É ESTE SISTEMA É OUTRO SISTEMA
Se tens pressa, pára!

Viver o tempo plenamente significa seguir a nossa paixão. A paixão é a única emoção capaz de nos levar a assumir um compromisso, através do qual descobrimos a razão da nossa existência e nos responsabilizamos pela construção do nosso projecto de vida.
Quantas pessoas sabem qual é a sua paixão?
Quantas pessoas estão neste momento a segui-la?…

Somos corpo, mente, espírito, emoções, aura e muito mais! Com que profundidade conhecemos estas vertentes de nós e que uso podemos fazer delas! Na verdade, somos nós que controlamos a vida e não é a vida que nos controla a nós!…

Que percentagem de nós é controlada pelo sistema?
Podemos viver uma vida inteira como agente 421?

A matriz dita as coordenadas com infinitas possibilidades que desembocam no mesmo lugar, que não respondem às verdadeiras necessidades do individuo, que não ensinam ninguém a pensar por si próprio, a saber lidar com as suas emoções e a saber relacionar-se com os outros.

Assim embrenhamo-nos todos num tempo rápido, que nos faz trabalhar demasiadas horas por dia ( sem tempo para a família, para os amigos, para os outros, para a comunidade., para apreciar a natureza), que nos cansa pela sua complexidade e poluição, que não nos deixa descansar/dormir o número de horas que seria saudável, que nos faz correr de um lado para o outro, sem darmos uma oportunidade para fazermos exercício físico e escutarmos as necessidades e o ritmo do nosso corpo, que nos faz correr para o supermercado mais barato ou para o fast food da esquina para comer alimentos que já correram mundo antes de chegarem ali, perdendo todas as suas qualidades nutrientes e que vêm embaladas em mil embalagens de plástico, de metal, de esferovite, de cartão e papel, que nos faz usar o carro, a mota, o avião, só para chegarmos mais rápido, porque temos pressa de chegar a um compromisso…

MAS AFINAL QUANTAS HORAS TE FALTAM NO DIA?

PORQUÊ ESSA PRESSA? QUAIS SÃO ESSES COMPROMISSOS QUE NOS FAZEM ANDAR COM AR PREOCUPADO, IRRITADOS COM OS OUTROS E SEM NOS SENTIRMOS BEM CONNOSCO PRÓPRIOS?

MAS AFINAL QUEM SOU EU?
QUEM QUERO SER?
COMO É QUE ME RELACIONO COM OS OUTROS?
QUAL É O MEU LUGAR NO MUNDO?
O QUE POSSO FAZER PARA DESFRUTAR DESTA VIDA TAL COMO DESEJO?

Ter tempo é um direito!
Pensar nos gestos que fazemos e nas razões pelas quais os fazemos é um dever!?
Há quanto tempo não abraças alguém, há quanto tempo não ris, há quanto tempo não expressas o que sentes, há quanto tempo não beijas alguém com a consciência de que estás exactamente naquele momento a fazê-lo.

É possível criar um outro sistema.
“Não é este sistema. È outro sistema!”

O bombardear do consumismo e dos valores materiais, manipulados por uma informação que raramente fala a verdade, comandada por um sistema capitalista.
Um círculo perfeito que nos faz evitar de perguntar:
-Para onde vai esta embalagem de plástico dos cereais de pequeno almoço, depois de pô-la no lixo?
-Porque é que se viaja de avião dentro de um pequeno país, dentro da Europa? Será que eu sei quais são os efeitos que os milhares de aviões diários provocam no ambiente?
-Será que preciso desta t-shirt nova?
-Porque passo tantas horas da minha vida a ver telenovelas, quando podia estar a rodar o meu próprio filme?
-Será que preciso de comprar mais este iogurte com sabor a tiramisú?
-Será que preciso deste creme para me bronzear em casa?
-Porque é que a minha emoção é dominada por um jogo de futebol, em que cada jogador ganha muito mais num mês do que o comum dos mortais pode ganhar numa vida, e porque é que eu alimento esse circo, comprando as t-shirts, as bolas autografadas, e optando ciclicamente por faltar a outros eventos para ir ver um jogo?
-Porque é que este par de sapatos é mais barato numa loja de chineses?
-Será que preciso de ir todos os dias de carro sozinho para o emprego?
-Quando vou às compras porque é que não me pergunto de onde vem determinado produto, de que é feito, como é que é feito?
-Será que preciso de piratar este cd da internet?
-Será que faz sentido ficar mais de 8 horas por dia em frente a um computador?
-É mesmo isto que eu quero para mim?
-Será que preciso de falar com um amigo através do messenger em vez de estar com ele?

É fácil perder o rasto de quem somos, senão pararmos para o perguntar a nós mesmos, ou se muitas das coisas que nos rodeiam no dia a dia fazem parte da nossa essência, do modo de nos exprimirmos e de vivermos ou é a forma do agente 327?

O individualismo e as comunidades virtuais chegaram, para que o ser humano entre nesse processo de saber melhor quem é, que necessidades tem e o que afinal realmente lhe importa.

Fala-se da multiculturalidade, aprende-se a viver interculturalmente, mas caí-se na estigmatização, na folclorização das culturas.
Cada individuo para que possa tornar-se um cidadão deve poder dar o seu contributo para a comunidade, e isso não depende da cultura que traz consigo quando emigra e passa a viver numa nova comunidade., mas da abertura e capacidade da própria comunidade que o recebe, valorizar a sua experiência e conhecimento, em vez de questionar quem é, rotular donde vem e de se incapacitar de conhecer o outro verdadeiramente.

Estas e outras questões sobre a vida nos nossos dias foram colocadas durante o I Congresso de Animação, Artes e Terapias, que se realizou de 19 a 21 de Abril na belíssima vila de Ponte de Lima, candidata a património da Unesco, (Conhecem? Recomendo vivamente!), onde mais de 250 animadores, artistas e terapeutas partilharam experiências e discutiram sobre o potencial da sua acção conjunta para o bem estar das pessoas.

Não existe educação informal, não formal e formal, existe Educação. Deste modo, ser animador é estar atento às circunstâncias sociais e políticas. Não é apenas desenvolver competências sociais no individuo. A complexidade e ambiguidade dos nossos dias, conduz-nos a uma intervenção mais consciente, há que devolver o estatuto político a cada um dos habitantes deste planeta.

Educar as emoções, fazer respeitar os ritmos e a saúde, ensinar a partilhar a vida com os outros de modo pacifico, a encorajar o conhecimento, a iniciativa e a força de mudança para a resolução dos problemas e situações que vive em cada individuo, a fazer acreditar que ser feliz é uma atitude, e é possível sermos mais felizes do que julgamos. Esta intervenção é política!

A combinação da cura, educação e criatividade são para mim, enquanto animadora sócio cultural o segredo para a humanização dos seres humanos do século XXI. Ser animador socio cultural é muito mais do que programas de apoio com tempo e regras de intervenção definidas, é mais do que projectos e relatórios bonitos para o papel, que não estão a resolver efectivamente as carências sociais de um jovem que viva num bairro desfavorecido, e que não estão a activar o jovem comum para um futuro consciente e responsável em tempos de globalização e aquecimento glocal. Os animadores sócio-culturais têm um potencial enquanto agentes da paz e da mudança, transmutando Inactividade em actividade, Desconhecimento em conhecimento, Pessimismo em Optimismo.

Como?
-Desbloqueando o processo criativo de cada individuo
-Potencializando as competências sociais que conduzem o individuo à acção. Não se nasce cidadão, tornamo-nos cidadãos.
-Conduzindo o individuo a um auto-conhecimento de si, das suas emoções e de como lidar com elas.

É a emoção que move uma pessoa. O gesto reflecte uma emoção, mas também a personalidade e os seus conhecimentos. Um gesto pode ser objectivo baseado no conhecimento ou criativo.
Ao tornarmo-nos conscientes das razões das nossas emoções e dos nossos gestos, podemos iniciar a revolução que precisamos nas nossas vidas, que o mundo e a natureza nos estão a pedir...

Uma revolução silenciosa, que apenas funciona, se houver bondade no coração, tolerância e confiança em nós e nos outros, gratidão a uma força maior que todos os dias nos dá energia para desfrutarmos da vida, ânimo para trabalhar árdua e atentamente e sintonia com todos os seres do universo.

O sorriso é a única planta que se semeia na alma, e que desenvolve e faz crescer amor no coração.

Gostariam de viver para além da matriz, sem criar outra matriz?

Esta revolução é gratuita! Já começou!

“MUDA O TEU NÚMERO, EU MUDEI O MEU!
MUDA O TEU MUNDO, EU MUDEI O MEU!”
Mundos mudos- Da weasel